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Nota de 200 reais: qual o impacto para as empresas?

O lobo-guará já está circulando por aí. A polêmica nota de 200 reais entrou em circulação no Brasil e a implementação dela foi discutida em diversas esferas, da econômica à das redes sociais. Lançada pelo Banco Central (BC), a nova cédula foi motivada principalmente pelo fenômeno do entesouramento, que é a ação das pessoas passarem a guardar mais dinheiro em espécie como reserva, e pela demanda por dinheiro em espécie no comércio.

Segundo o próprio BC, esse movimento foi percebido também em outros países. Antes de discutir os principais efeitos no mundo dos negócios e no dia-a-dia do brasileiro, vale tranquilizar em relação a alguns aspectos sobre a nota de 200 reais. Segundo vários economistas, não há risco de inflação causado diretamente pela nova cédula, que terá cerca de 450 milhões de exemplares até o fim do ano circulando pelo país.

Motivos e reflexos

Em outros períodos, já houve o lançamento de novos valores de moeda, como a nota de 2 e 20 reais, sem o reflexo da inflação. Inclusive, projeções do Boletim Focus do Banco Central indicam até mesmo uma inflação mais baixa, de apenas 1,67%, com possibilidade de aumento apenas em 2021.

Muitos se perguntaram da necessidade de impressão de cédulas em um período em que cada vez mais as transações digitais são realizadas. Segundo o BC, o pagamento em espécie ainda é um dos meios mais frequentes nas movimentações feitas no país. Uma pesquisa de 2018 mostrou que 60% dos entrevistados tinham o dinheiro em espécie como principal forma de pagamento.

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As vantagens e desvantagens da nota de 200 reais

Segundo o BC, uma das vantagens é a logística de produção e distribuição das notas. Isso pode aumentar a eficiência das instituições financeiras e, a médio prazo, resultar em uma confiança maior para investimentos e negócios. Se a previsão do Banco Central da diminuição no custo de produção realmente surtir efeito, isso também pode gerar um cenário de maior confiança econômica e aquecer o mercado na retomada dos negócios pós-pandemia.

De negativo, o reflexo mais imediato e previsível pode ser a dificuldade nas transações que utilizarem a nota de 200 reais, principalmente para o comércio e setor de serviços, devido à dificuldade na hora do troco. Como vimos, o brasileiro prefere pagar em dinheiro em espécie e os próximos saques, principalmente os do auxílio-emergencial, devem ser feitos com a nova cédula. No momento em que elas retornarem ao mercado, pode haver escassez de troco.

Empresas que efetuam transações de baixo valor precisam se preparar para não perder clientes pela falta de troco. Uma opção é incentivar o uso de cédulas de menor valor e moedas, para criar uma reserva de troco. Além disso, apesar do perfil do público brasileiro, é possível criar campanhas com descontos ou modernizar os equipamentos para que a experiência do pagamento com cartão estimule o uso dessa modalidade.

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Curiosidades

Enquanto os reflexos da nova nota de 200 reais começam a ser sentidos, vale saber um pouquinho da história das cédulas. O animal que estampa a nota, o lobo-guará, já foi cotado para virar mascote do dinheiro. Em 2001, numa votação do BC, ele ficou em terceiro lugar, perdendo para a tartaruga-marinha e o mico leão dourado, que estampam as notas de 2 e 20 reais, respectivamente.

Aliás, a última vez que uma nova cédula entrou em circulação foi em 2002, há 18 anos, com a nota de 20 reais. Em 2005, um dos valores em papel deixou de circular, a nota verde de 1 real, que foi aposentada. Será que a nota de 200 reais vai ser boa para a economia? Vamos acompanhar.

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